terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Memória 02 - Henrique - Só pode estar brincando!


“ Era para ser mais um dia chato na escola, mas como somos sortudos, o próprio inferno veio aqui dar uma passada!”

 

Manaus, 05 de fevereiro de 2013 , Canãa

 

Porra de escola! Será que as coisas não podem piorar? Ah sim, eu sou Henrique, e no momento estou correndo, como eu chamo, “Funkeiros”, não, espera, são zumbis mesmo.

 

- Droga de vida! – Exclamo, porra, a escola esta sendo invadida por esses bichos carnívoros, ainda não apareceu ninguém para resolver esse problema, nem mesmo ordem de ficarmos em algum lugar seguro, será que as coisas podem piorar?

 

Eu é a minha boca grande, é só eu falar que a merda acontece. Ótimo, estou, no momento, encurralado por sete zumbis, sério, tinha tantos zumbis assim atrás de mim? Sou tão gordo assim para me confundirem com um banquete ambulante que corre? Parece que sim.

 

Já que eu vou morrer mesmo, vou dizer uma coisa, a vida é uma grande merda, vamos tocar um Rock clássico é esperar ser devorado por eles. Porra, eu nem consegui falar com ela. Claro, mas nem fudendo eu vou morrer aqui! Olho para os lados a procura de algo que de para usar como arma, então vejo uma barra de ferro, é nessas horas que eu agradeço a escola por deixarem pedaços de carteiras jogadas por ai. Pego a barra de ferro rapidamente, ela estava bem próximo do meu pé direito, é a primeira coisa que eu vou fazer é descer a porrada nesses vagabundos!

 

Dou um golpe com a barra de ferro no zumbi, o que estava bem próximo de mim, resultando em. Crânio esmagado, sangue para todos os lados, é sorte minha, o corpo dele cai para trás, é como esses bichos são tão burros, isso faz com que bote um “barreira” para eles conseguirem me pegar, ah como às vezes eu sou sortudo. Desço outro golpe no segundo mais próximo de mim, cara, estou começando a me acostumar com isso, mesmo eu estado apavorado, parece que faço isso há anos, bom, eu acho que vou fazer isso por anos. Um crânio esmagado! Dois crânios esmagados! Três crânios esmagados! Ninguém pode negar!

Preciso de um médico, se é que algum sobreviveu.

 

Certo, falta mais um para eu sair dessa vivo, por enquanto, vamos fazer um rápida analise. Minha barra de fero esta preste a quebrar, minha camisa do System of a Down esta manchada de sangue (Sim, eu uso outra camisa por de baixo de farda) Porra! Minha camisa favorita! Esse zumbi vai ter uma morte especial. Avança nele rapidamente, a criatura se joga para cima de mim que nem um animal selvagem, aquela cara horrível dele dava um pouco de nojo, esquivo jogando me jogando para a direita, fazendo o zumbi cair de cara no chão, legal, é a minha deixa, o empurro para o chão é finalizo com um belo golpe, fazendo a parte distorcida do ferro perfurar o crânio dele, é quando tentei tirar , quebro, fazendo uma parte do ferro fica preso na cabeça dele. Bem legal. Agora tenho que encontrar os outros é vermos que fazemos depois. Nada muito difícil, por que parece que TODO mundo esta morto, mas eu ainda acredito que o Luiz, Thiago estejam vivos, somos o grupo mais foda de todos, um ateu, um crente é um satanista. Acho que podemos sair dessa vivos, se não de merda é claro.

 

Eles devem estar no segundo andar, é lá onde fica a nossa sala, devem estar por lá, estava indo em direção ao pátio da escola, aquele lugar parecia que estávamos dentro de um filme de terror, tudo estava bagunçado, cadeiras jogadas, lixo espalhado é sangue, sangue por quase todo o chão, alguns iam para lugares fechados. Eram armadilhas. Tenho que ficar sorrateiro aqui, se não eles vão me achar, eles podem ser até altamente perigosos quando ficam em grupos é em lugares fechados, mas são pelo que parecem extremamente idiotas, alguns deles tentam subir a porra da escada, mas nenhum deles consegue. Vamos analisar novamente, estou completamente desarmado, um grupo de zumbis esta bloqueando a passagem para o segundo andar, a porta da saída esta felizmente aberta, mas esta cheia deles lá. Vejo o corpo do porteiro todo rasgado, o partiram ao meio, dava para ver a carne vermelha, os olhos saindo do crânio, é alguns órgãos espalhados pelo chão, já sei, vejo uma garrafa de plástico bem próximo de mim, se eu jogar isso para qualquer lugar bem longe daquela escada, o barulho ira os levar.

 

Deu certo, eles ouviram o som da garrafa cair é todos saíram de lá, me lembrei de um coisa agora, zumbis são movidos somente a audição é a visão, por isso são tão burros. Subo a escada apressadamente, o segundo andar ainda estava um pouco intacto, só algumas manchas de sangue no chão indo em direção a minha esquerda, a ala do fundamental um, pobres coitados. Não tenho tempo para pensar nisso, tenho que achar os outros, corro pelo corredor da minha direita, aas cerâmicas brancas estavam com alguns respingos de sangue, ótimo, parece que alguns deles conseguiram subir para cá, podia se ouvir gritos de dor é agonia por todo lado, vinham das salas de aulas, parei na terceira porta, do sexto A, havia uma pequena janela na porta, o que eu vi foi um pouco desconfortável. No meio da sala estava um corpo completamente deformado de um aluno, acho que tinha uns dez ou onze anos, não da para distinguir agora, dois zumbis comiam os restos mortais dele, de repente, uma mão ensanguentada aparece na janela, tomei um susto com isso. Porra.  Que dia de merda hein. Depois que eu consegui me recompor do susto que tomei, voltei a minha atenção a sala de aula da minha série, era a ultima sala perto de uma pequena ponte, quando consegui chegar perto da porta, eu estava presta a abri-la quando ouvi vocês lá de dentro.

 

- Segura ele! – Disse uma voz  de dentro da sala, acho que era do Luiz. – Segura porra! – Exclama ele, parecia que tinha algo acontecendo lá dentro.

 

- Eu estou segurando, caralho! –Falou outra voz, era a do Thiago. Em seguida um som de algo batendo na parede bruscamente pode ser ouvido.

 

- Pronto, perdi a paciência, esse cara vai voar agora! – Do nada a porta é arrombada sendo seguida de um zumbi voando caindo para o primeiro andar, isso deve ter doido muito, se eu não me distanciasse um pouco da porta naquele momento, eu estaria ferrado agora.

 

- Da próxima vez, avisa antes de arrebentar a porta, porra! – Reclamei com ele, as vezes ele tinha uma força sobre-humana.

 

- Porque não entrou antes, caralho?! – Retruca ele, bem alterado por sinal, tinha um pequeno filete de sangue saindo da sua testa, não havia mordidas, ele devia ter batido em algum lugar.

 

- Tá, tá! – Disse, continuar com aquilo iria ser um saco. – É agora, o que vamos fazer? – Perguntei me encostando na parede da sala, parecia que poucos deles conseguiram subir, aquele que voou deve ter sido o ultimo, provavelmente. A sala estava uma bagunça, cara, estamos mesmos ferrados.

 

- Vamos achar o máximo de pessoas vivas possíveis, é depois sair daqui! – Exclamou ele, cara, o que tem de errado com ele? Algum bicho o mordeu por acaso?( Pergunta irônica) . – Vocês dois vão procurar as pessoas, usem armas pontiagudas como barras de ferro, é sempre, sempre, ataquem na cabeça é não os deixe o morde! – Diz ele já saindo da sala é pegando o que parecia uma estaca, devia ser um pedaço a porta destruída.

 

- É você? Pra onde diabos esta indo? – Perguntei a ele, porra, esse cara podia ser bem alterado quando queria.

 

- Vou resolver algumas coisas, agora vão! – Ele saiu correndo, puta que me pariu, só pode estar brincando! O que vem agora? Um zumbi mutante de quatro braços? Droga!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Memórias do Apocalipse: O fim começa hoje!


Ninguém sabe o que fazer naquele momento, pessoas corriam de um lado para outras desesperadas, chorando, algumas rezavam pedindo perdão de seus pecados. Eu riria daquela cena se eu estivesse em outra circunstância, tudo ao meu redor era somente restos mortais de pessoas, braços de um lado, pernas no outro, restos de uma cabeça que ainda tinha um olho no crânio. Eu podia não aparecer, mas sabia muito bem o que fazer naquele momento, era algo instintivo. Ah sim, sei que você não esta entendo nada do que eu estou dizendo, deixe-me apresentar. Eu sou Luiz “Haifisch” Henrique, o que poderia ser um “adolescente” normal, mas não sou bom, não completamente, é no momento estou em meio a um apocalipse zumbi em busca de meus amigos. Tenho que acha-los, é salva-los é dá no pé dessa cidade!

“Disseram-me uma vez que tudo pode mudar, de uma hora para outra. Circunstâncias que pedem medidas extremas, são aquelas entre a vida é a morte. Até hoje me pergunto, somos tão espertos assim, para criar a extinção a própria espécie?”

 

Memórias  1 – Luiz Haifisch – O terror começa hoje.

 

Manaus, 05 de fevereiro de 2013, 13:00, Canãa.

Mais uma vez, outra aula chata sobre alguma coisa relacionada à América, esse ano vai ser um saco, vou logo dizendo. Nada de muito interessante acontece ultimamente, só algumas noticias sobre ataques canibais em algumas partes da cidade, nada que me preocupasse muito. Aquilo não me preocupava muito, mas outra coisa sim, posso ser um adolescente maduro é responsável, mas se tratando de relacionamentos, na opinião de muitos sou um fiasco, é naquele momento não me parecia diferente. Havia prometido para mim mesmo que nunca mais iria ficar com alguém para depois de chutar, não mesmo. Mas aquilo era diferente, era a melhor amiga da minha EX- namorada, desde que o ano letivo começou ela vem agido diferente comigo, não parecia àquela garota alegre, não mesmo, será que ela esta ressentida? Poxa, eu só queria saber o porquê dela ter me deixado, usei todos os meios possíveis, para no fim, eu sempre me ferrar. Kalila, a melhor amiga da dela, ela se mantinha afasta de mim, eu acho, eu sei que não sou um cara muito bonito é coisa do gênero, mas não chego a ser tão repulsivo assim, tenho cabelos castanhos arrepiados, tenho 14 anos, tenho até algumas espinhas no rosto, certo, nada que chegue a ser tão horrível assim. O sinal bate me fazendo ser retirado dos meus pensamentos, todos já começavam a se dirigir para a porta, eu não queria sair dali, não mesmo, não sentia a menor vontade de sair daquela carteira, queria apenas, ficar sentando é pensar.

 

-  Ei Luiz! – Chama Thiago, um dos meus melhores amigos, um pouco alto para alguém da altura dele, cabelo curto castanho. – Vem não? – Pergunta ele da porta da sala, do lado dele esta Henrique, o meu irmão de consideração, eu é ele já passamos pelas mesmas coisas, mesmas dores, nós entendemos muito bem, era um pouco obeso, tinha o Q.I de um gênio.

 

- Vão indo, vou logo atrás... – Falei sem a menor vontade na voz, antes de irmos para o intervalo, a professora tinha falado sobre “Namoros”, as pessoas acham que eu sou feito de aço, mais esse assunto ainda mexe comigo, depois dela, tudo ficou muito logico para mim. Tudo.

 

- Ok então, nós vemos daqui a pouco então! – Responde Henrique, esse cara podia ser bem cínico quando ele queria.

 

Parando para pensar, ultimamente vem ocorrendo muitos casos de assassinatos em algumas partes do Brasil. Não é só Manaus então. É o mais bizarro de tudo, todos os corpos, de todos os assassinatos, foram encontrados em pedaços, traduzindo, comidos. Havia dentadas por toda parte do corpo da vitima, aquilo não cheirava bem, não mesmo.

 

- Ei você! – Chamava o vigia, viro meu rosto para ele. – Você tem que sair da sala, vamos! – Não tive escolha, era sair ou ir para a diretoria, então como eu sou um “bom” menino, eu saio pacificamente da sala, ele fecha a porta logo quando eu saio.

 

O corredor do segundo andar (aonde eu estudo) estava bem movimentado, algumas crianças passavam corredor, mesmo sendo avisado pelo vigilante, algumas pessoas da minha idade ficavam conversando, fazendo graça. Mas. Eu não estou com cabeça para ter alguma comunicação com alguém, mas como eu sou tão “sortudo” a namorada do meu amigo aparece, eu sei lá qual é o motivo dela.

 

- Oi Luiz! – Diz ela sorrindo, sei não, alguma coisa esta errada, eu sinto.

 

- Oi... – Respondi simplesmente, como eu consigo falar “Se manda” educadamente?

 

- É ai, como vai ela? – Ok, ela esta começando a me encher o saco.

 

- Não estamos mais, terminamos... – Aquilo me fazia ter lembranças que eu não quero lembrar no momento, ela fica estático por um momento.

 

- Desculpa se eu... – A interrompi com um gesto de mão.

 

- Não, ela me deixou, só estou agora tentando viver a vi... – Não consegui terminar de falar, ouvi sons agudos, pareciam tiros vindo da rua, curioso, eu vou ver o que é. Uma policial atirando contra um homem, que apesar pra mim, aquilo não é um homem, minha percepção, mais aguçada que os dos demais me fez percebe, aquele “homem” não tinha um braço, seu olho esquerdo fora completamente retirado, uma parte do maxilar dele fora arrancada. Andava cambaleante em direção ao policial, o mesmo tremia de medo, sua arma cai no chão, o mesmo perdendo o equilíbrio de suas pernas cai no chão, então aquilo morde o policial. Nunca vi tanta dor é tanta angustia em um único olhar, aquele policial estava sendo comido vivo, literalmente.

 

Der repente o portão da frente da escola cai, pareciam que tinha mais deles, estão entrando na escola, o que fazer, o que fazer, agora os gritos podem ser ouvidos bem nitidamente, os gritos das crianças eram agonizantes, eles atacam tudo que aparecia na sua frente, tenho que tirar meus amigos daqui, qualquer uma teria medo nesse exato momento, mais eu não tenho, eu tenho mais é que tirar meus amigos daqui, tirar a Kalila daqui, tirar o máximo de pessoas que puder. O inferno começou.